quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Questões emergentes da segunda aula e alguns comentários

1 - Como a ideia de valor se diferencia na Economia Solidária e na Economia Capitalista? Há uma priorização na produção de valores de uso em detrimento dos valores de troca?

Comentário nada imparcial: Essa é uma questão fundamental pra discutirmos não só mudanças nas prioridades de produção como também no nosso modelo de consumo. Se ao invés de produzirmos para transformar artefatos em mercadorias necessárias, ou seja, se ao invés de criarmos necessidades antes inexistentes, para tentar atender às necessidades reais de consumo, podemos começar em falar numa nova lógica de produção. Ainda vejo que há uma distância muito grande a ser precorrida pela Economia Solidária pra atingir esse ponto, sobretudo pelo fato de necessitar se situar no mesmo mercado de empresas que têm a competitivdade como ideologia. Entretanto, é importante valorizarmos experiências que ao se integrarem em rede, tem maiores condições de negociar com fornecedores e consumidores que compartilham do mesmo princípio. Sobre essa questão procurem sobre a experiência da Justa Trama.

2 - Sobre as dificuldades de financiamento e as questões jurídicas que dificultam que os empreendimentos de economia solidária tenham acesso à crédito.

3 - Sobre as "coopergatos": cooperativas que não aderem aos princípios listados.

Comentário nada imparcial: Sobre este ponto acho pertinente diferenciarmos as cooperativas que não os aderem integralmente por dificuldades inerentes ao processo de mudança das cooperativas que se aproveitam dos benefícios de ser cooperativa para burlar leis trabalhistas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

4 - Sobre a questão da inovação:

Comentário nada imparcial: a inovação é fundamental para os empreendimentos de economia solidária. Discutiremos isso quando entrarmos no tema da tecnologia social, mas vale lembrar a frase do Einstein citada pelo Sidão: "loucura é fazer a mesma coisa e esperar um resultado diferente". Esse é um campo muito incipiente que necessita da participação dos engenheiros engajados na construção de outros valores na economia.

5 - Sobre liderança e gestão operacional:

Foi falado sobre a necessidade de agilidade de tomadas de decisões, risco de assembleísmo e a diferença entre um líder autoritário de um líder legítimo.

6 - Sobre Capitalismo e Socialismo:

Seria a Economia Solidária uma terceira via? Uma forma de solidarizar o capitalismo com o que de melhor há no socialismo?

Comentário nadica imparcial: Embora não tenha bola de cristal, não acredito em capitalismo solidário, empresário socialista nem em sorvete quente. Embora na aula tenhamos comentado sobre exclusão social, Francisco de Oliveira gosta de nos lembrar que os marginalizados estão completamente incluídos na sociedade capitalista. Fazem parte de toda engrenagem que fazem rodar o sistema que é necessariamente desigual, incluídos desigualmente.


7 - Sobre o foco nas grandes cooperativas:

Comentário nada imparcial: É necessário distinguirmos os diversos campos do cooperativismo e também da economia solidária. A OCB e BRASCOOP não se inserem na Economia Solidária e mesmo dentro desta podemos distinguir diferentes linhas de pensamento.

8 - Sobre a formação dos empreendimentos: necessidade ou ideologia?

9 - Estamos diante de um novo paradigma de produção? Nova forma de organização do trabalho?

Comentário nada imparcial: Particularmente acho que o conceito de modo de produção de Marx pressupõe alterações substanciais nas relações sociais de produção e nas forças produtivas. E para isso precisamos concretizar a filosofia da cooperação em novas estratégias de organização do trabalho.

10 - Dúvidas sobre os conceitos de liderança e autoridade.

11 - As cooperativas sempre se iniciam de um processo de falência?

Hoje a maioria surge de processos de incubagem, ou seja, do zero, sem a existência de uma empresa anterior. As que surgem da falência são, em geral, as cooperativas de produção de bens, hoje uma experiência crescente na Argentina e na Venezuela. Os primeiros (incubados) por não terem capital, acesso à crédito têm maiores dificuldades para geração de renda e já são maioria dentro da Economia Solidária.

12 - Sobre a herança cultural e a Síndrome de Estocolmo dos trabalhadores alienados

13 - Sobre a adesão voluntária e livre:

Ao final da aula, Sidão nos lembrou, em conversa informal, que tal princípio foi construído por uma cooperativa de consumo e não de produção. Construída para facilitar o acesso a bens e alimentos aos seus sócios, esta queria permitir que todos pudessem integrá-la. O texto lido distingue bem que hoje em dia esse princípio é importante para que não haja discriminação na adesão à cooperativa.




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